APEGO

Palestra do dia 2 de fevereiro de 2012

O apego está relacionado ao agarrar-se. Agarrar algo é um ato superficial, não existencial.

Todos nós somos apegados a alguma coisa e sabemos o quanto sofremos quando temos que abrir mão daquilo a que estamos apegados.

O apego limita nossos verdadeiros desejos.

Quando estamos apegados somos mesquinhos, egoístas e não estamos seguindo o fluxo da natureza.

A natureza é desapegada.

Ex: a mãe que cuida dos filhotes (pássaros) e depois deixa-os voar livres, buscar seu próprio caminho.

PROPOSTA:

Faça uma reflexão interna e perceberá qual apego que está hoje me sua vida e que você está disposto a deixar fluir.

APEGO AO EGO.

Relaciona-se a ideias e pensamentos fracos, as pessoas apegadas ao EGO são menos compreensivas e mais preconceituosas.

APEGO ÀS OPINIÕES ESTREITAS

Esse é o tipo de apego em concepções, a opiniões fixas em relação à vida e as pessoas que se acham donos da verdade.

APEGO AO PRINCÍPIO DO PRAZER E DA DOR

São pessoas dependentes de bebidas, chocolates, vícios, drogas e até romances que não dão certo. Há inda o apego dentro da família. O caso da esposa que confesso que apanha do marido e que este maltrate os filhos. Mesmo assim ela confessa: “ Apesar de meu marido bater em mim e nos meus filhos, ele é trabalhador e não deixa faltar nada em casa”.

SÃO OS RELACIONAMENTOS DOLOROSOS que fazem sofrer.

Ficamos neles por apego, e não sabemos como  soltá-lo.

APEGO A RITOS E RITUAIS

Pessoas que se agarram em dogmas vazios, não sendo capazes de abrirem suas mentes e pensar por si mesmos, acreditam naquele que lhes foi dito ou que está escrito em um livro.

Visão limitada, capaz de enxergar a partir de um único ponto de vista.

O APEGO nos causa muitas dores, afeta negativamente nossas vidas. Nos leva à raiva e nos causa problemas emocionais e também às pessoas às quais estamos apegados.

O APEGO derrota a nossa baixa auto-estima: dependemos dos outros para gostar de nós mesmos.

O APEGO nos faz sujeitos sempre ao julgamento dos outros.

O APEGO é um hábito comportamental passível de ser modificado. Quando o apego for muito forte, não temos força para destruí-lo, mas é preciso encontrar maneiras de livrar-se dele, pois compromete nossa caminhada. É preciso DESAPEGAR-SE. O afastamento, a indiferença à determinada situações ou a algo material oportuniza o desapego.

DESAPEGAR-SE não é romper, nem deixar de amar, mas deixar que os outros vivam e desenvolvam seus projetos, seu crescimento espiritual tornem-se maduros e responsáveis por si mesmos, que possam exercer o livre-arbítrio.

O APEGO ÀS COISAS MATERIAIS

Quando nos apegamos demais às coisas materiais, nossa casa começar a virar um grande depósito de coisas inúteis, energias estagnadas. Isso acontece com as nossas vidas também.

A verdade é que a energia precisa circular, movimentar-se livremente, mudar de padrão, renovar-se. A verdade é que precisamos criar hábitos de desapego, de troca de renovação. Você pode gostar das coisas que conquistou, ter amor pelo que é seu, mas guardar o que não usa, é abrir espaço para que coisas novas cheguem às nossas mãos.

Esvaziar os armários, doar o que estivar em bom estado, e descartar aquilo que não tiver mais aproveitamento. Tudo isso sem o sentimento de que está perdendo alguma coisa. Aproveite e jogue fora cartas e fotos antigas de relacionamentos que não lhe deixam boas recordações. Estará se desfazendo também daquele sentimento negativo e de lembranças dolorosas.

Faça o mesmo com sentimentos perturbadores e paixões que te preenchem os espaços emocionais, impossibilitando teu crescimento interior.

Todos os exageros que homens e mulheres no que se refere à forma a física, com cirurgias, implantes, ginásticas modeladoras, anabolizantes, dietas rigorosas e técnicas de rejuvenescimento podem até adiar o fenômeno do desgaste orgânico, mas não conseguirão impedi-lo.

O corpo físico é transitório, o espírito é permanente, imortal. É preciso compreender que a evolução do espírito é que precisa ser a nossa prioridade, sem, contudo, queremos negligenciar a importância de cuidados ao nosso corpo físico, pois é ele a morada do espírito, um presente que o Criador nos deu para que cumpramos nosso trajetória nessa encarnação.

Quero abordar rapidamente sobre a CREMAÇÃO que já é muito comum nos nossos dias. Mesmo sendo um assunto que merece uma abordagem mais detalhada, tem muito a ver com nosso assunto de hoje, o DESAPEGO.

 Para que alguém possa optar pela cremação, deve ter muita consciência do desapego à matéria, caso contrário, o espírito recém desencarnado sofrerá com esse processo

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Para concluir quero ilustrar com o que coloca Allan Kardec no “Livro dos Espíritos” (895) com referência ao apego:

“ O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade pois quanto mais o homem se apega aos bens deste mundo, tanto menos compreende seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, ele prova que vê o ponto de vista mais elevado.

Assim seja!

Maria Alice Guimarães