sábado, 8 de dezembro de 2012


O Cético e o Lúcido

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao
outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui
principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais
tarde.

- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa
vida?

- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez
caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente
ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida
após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.

- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do
que estamos habituados a ter aqui.

- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas
encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia
prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza
veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo
isso não existiria.

- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não
existe nenhuma.

- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando,
ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida
real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela...

PENSE NISSO.....

M A R A V I L H O S O ! ! !

A pessoa que escreveu este texto foi muito iluminada pelo nosso CRIADOR.

Eu nunca havia pensado dessa maneira. Adorei a forma utilizada para
esclarecer uma dúvida que atormenta a maioria da humanidade.

Como achar que não exista vida após o nascimento??? Esta questão é a mesma de não acreditar em vida após a morte!!!

Tudo depende de um ponto de referência. Usar o óbvio para explicar o
duvidoso.

Aliás... "O que é vida e o que é morte?

Autor desconhecido. 

Postado por Jaqueline Finkler Brandão

domingo, 12 de agosto de 2012

Palestra SERVE - Os Princípios Básicos do Espiritismo


Evangelho Segundo o Espiritismo – CAP I

Eu não vim destruir a Lei

Os princípios básicos do Espiritismo
O conhecimento do espiritismo começa nos primórdios da humanidade. Sócrates e Platão, filósofos do mundo antigo, são os precursores da ideia cristã e do espiritismo. Foi Alan Kardec, que codificou a doutrina espírita, no século 19.
O espiritismo tem como objetivos consolar e esclarecer as criaturas ou auxiliar bi progresso moral, por meio do aprimoramento do conhecimento intelectual e o estabelecimento da diferença entre o bem e o mal. Ainda a possibilidade de o homem fazer escolhas (o livre arbítrio).
A doutrina espírita projeta luz sobre todos os problemas humanos, inclusive sobre a problemática da obsessão, no que se refere ás causas, efeitos e formas de terapia, por meio de passes magnéticos e água fluidificada, além da oração e de procedimentos curadores.
Encontramos nas obras fundamentais os princípios básicos da Doutrina Espírita:

1)   O Livre dos Espíritos – 1857
2)   O Livro dos Médiuns – 1891
3)   O Evangelho Segundo o Espiritismo – 1864
4)   O Céu e o Inferno – 1865
5)   A Gênese – 1868
6)   O que é Espiritismo – 1898
Obras Póstumas – 1890 (escrita por um discípulo de Kardec)

O espiritismo é uma filosofia com bases cientificas e com consequências ético-morais que têm como objetivo bem definido: Estudar a natura e origem dos espíritos, também seu destino, bem como as suas relações com o mundo corpóreo.

A Filosofia Espírita (Livro dos Espíritos)
A Experimental, científica (Livro dos Médiuns)
A Moral (No Evangelho Segundo O Espiritismo)

Essas três vertentes fundamentais e indissociáveis são imprescindíveis na abordagem e análise completa de qualquer assunto, à luz do espiritismo.
Os princípios do espiritismo
·       A crença em Deus
·       A existência do Espírito
·       A reencarnação
·       A comunicabilidade dos Espíritos
·       A pluralidade dos mundos habitados
·       A lei Divina ou Natural – evolução e Lei do Progresso

1)   Crença em Deus
No Livro dos Espíritos, os espíritos definem Deus como a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Como afirma Alan Kardec, A prova da existência de Deus está no axioma “Não há efeito sem causa”. Vemos incessantemente uma multidão de inumeráveis efeitos cuja causa não está na humanidade, uma vez que a humanidade está impossibilidade de reproduzi-los e mesmo como explicá-los. A causa está, pois, acima da humanidade. “Livro dos Espíritos” – Cap. I.

2)   A Existência do Espírito
O espírito é principio inteligente, individual criado por Deus, submetido às leis evolutivas. Podemos compreendê-lo como uma chama, uma centelha capaz de aumentar, ampliar seu poder de irradiação à medida que evolui. Corpo/períspirito e espírito físico formam o ser humano encarnado. Quando há desencarne o corpo físico, material, perece e o espírito segue sua jornada no mundo espiritual onde continua sua trajetória evolutiva.

3)   A Reencarnação
Os espíritos acreditam na reencarnação do Espírito. O espírito está em evolução, em crescimento moral, e a reencarnação é o retorno do espírito a vida corporal, isso faz parte da evolução espiritual dos homens e sua existência é importante na aplicação da justiça Divina.
O principio da reencarnação é uma sequencia necessária a lei do progresso. Esta evolução tem como destino DEUS e nos dá diversas oportunidades de aprendermos e crescermos corrigindo nossos erros. E assim, através da reencarnação pode ser compreendida a causa dos sofrimentos dos homens, de suas dificuldades e a existência de desigualdades na Terra. Faz nos alcançar o melhoramento progressivo até chegarmos a perfeição. Isso não acontece em uma única existência, por mais longa que seja. As vidas são diferentes, mas solidárias entre si. Dessa forma todos os espíritos terão a garantia de evoluírem mesmo com mais vagar, todos conseguirão.
Além de tudo, a reencarnação nos comprova a justiça divina, o amor de Deus e forma igual a todos.

4)   A Comunicabilidade dos Espíritos
No Livro dos Espíritos, Alan Kardec diz que: O espírito é um ser real, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido ou pelo tato. As comunicações dos espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influencia boa ou má que exercem sobre nós , à nossa revelia cabe a nós discernir as boas das más aspirações.
As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumento.

5)   A Pluralidade dos Mundos Habitados
Os espíritos acreditam que o planeta Terra é apenas um dos planetas habitados no universo. Está no Evangelho (João, CAP XIV) “Na casa do meu pai há muitas moradas”.
Nas reencarnações um mesmo espírito permanece no mesmo mundo até que haja adquirido a soma de conhecimentos conforme a necessidade do crescimento espiritual. Isso quer dizer que podemos viver em mundos felizes e também em mundos de natureza inferior, caso em caráter de missão, sempre buscando o a progressão, seguindo a trajetória evolutiva. A constituição física dos mundos não é a mesma e os seres que o habitam possuem organismos adequados ao ambiente de cada mundo.
6)   A lei Divina ou Natural
A lei natural é a lei de Deus. É a única e verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. Todas as leis da natureza são divinas, pois que Deus é o autor de tudo. A lei de Deus está escrita na consciência, mas nem todos conseguem compreendê-la mas com o progresso evolutivo rodas a compreenderão um dia. O amor ao próximo, ensinado por Jesus, é um preceito que resume a lei de Deus. Esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros.

A lei natural pode ser dividida em 10 partes (a de Moisés)

·       Lei da Adoração
·       Lei do Trabalho
·       Lei da Reprodução
·       Lei da Conservação
·       Lei da Destruição
·       Lei da Sociedade
·       Lei do Progresso
·       Lei da Igualdade
·       Lei da Liberdade
·       Lei da Justiça, Amor e Caridade


Brechó do C.E Rosa dos Ventos - Fotos


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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brechó do C.E Rosa dos Ventos


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sexta-feira, 8 de junho de 2012


GRATIDÃO/ INGRATIDÃO
                                                                       Evangelho Cap. XII, fl. 118,
Pagar o Mal com o Bem.
O que significa para cada um de nós a palavra gratidão – Gratidão é uma espécie do gênero CARIDADE, simboliza felicidade, plenitude, satisfação. (exercício de comportamento, atitude, ato de compartilhar, estado de espírito...).
É uma forma de oração. Antes de pedir devemos agradecer.
Podemos exercitar o hábito da gratidão de inúmeras formas:
Ao acordar agradecer ao Criador pela dádiva de mais um dia vida (oportunidade) neste planeta a fim de cumprir nossa missão;
Ao deitar agradecer pela família, pelo dia de trabalho, alimento, teto, convívio, provas e experiências vividas;
Agradecer tudo que nos acontece, seja positivo (dádiva, presente) ou negativo (oportunidade)
Habituar-se a compreender os acontecimentos como um presente ou uma oportunidade, aceitar as limitações existentes, seja de cunho, emocional, profissional, financeiro, moral etc... (vivemos em constantes instabilidades de sentimentos – no aclive satisfação, felicidade, na linha do declive, dor, medo, ódio, desilusão)
Habituar-se a ser disponível, gentil, caridoso, ouvinte, humilde, compreensivo, participativo para com todos que nos rodeiam. A família se constitui a menor célula de uma sociedade, eis a razão de primeiro apreendermos a conviver em harmonia e equilíbrio neste grupo, para que tenhamos respeito e sucesso nos demais grupos que participaremos (trabalho, religião, casamento)  
Conscientizar-se que também devemos dizer não para questões que coloquem em risco nossa integridade física, psíquica, moral e intelectual, pois o corpo físico é um presente divino, um instrumento, para nossas experiências e aprendizado enquanto espírito encarnado, razão pela qual devemos cuidá-lo e amá-lo . (vicissitudes);
De que forma ensinamos o hábito da gratidão aos nossos filhos ?  Fazendo com que sintam participantes e integrados ao núcleo familiar, ensinar-lhes os valores familiares. Construir uma atmosfera de participação, ensinar-lhes a compartilhar as tarefas domiciliares, criar hábito de dialogo familiar, habituar a reunir a família no mínimo uma vez por semana para confraternizar; tornar-los participativo nas decisões familiares ( exemplo do pai que levou a família para decidir no escritório) .
Muitos casais de namorados, no início do relacionamento um faz tudo pelo outro, até nos primeiros anos do casamento, depois, com o tempo, este ser cansa por não serem correspondido, daí surgem as cobranças, insatisfações, desilusões, na maioria das vezes acabam em separações.
Muitos pais, protegem tantos os filhos a ponto de não lhe permitir conhecer ou experimentar qualquer experiência diferente, ou que gere desilusões.
Ao assim agirem estes pais formam filhos egoístas, egocêntricos,insatisfeitos, ingratos, sem qualquer senso de solidariedade e compaixão. Não podemos esquecer que enquanto país somos responsáveis pela proteção, educação  e formação de caráter destes espíritos. Somos os instrutores e responsáveis pelo aprimoramento intelectual e moral destes seres.

Por que temos dificuldades para lidar com a ingratidão ?
Porque somos educados a sermos bajulados, elogiados, sempre receber um favor em troca de uma atitude.(ego inflado).
Somos ensinados a recebermos compensação por tudo que fizemos. Hábito da recompensa.
Habituamos a receber mais do que fazer ou dar;
A maioria dos pais imaginam que amar é dar ou fazer tudo pelos filhos. É protegê-lo a ponto de não permitir que vivam experiências negativas ou frustrantes. Não deixamos ou ensinamos a lidar com os fracassos e insucesso corriqueiros e naturais.
Construímos filhos, super protegidos, sem hábitos de solidariedade, caridade, que, em razão do tipo de educação que recebem, sempre culpam seus pais ou amigos ou qualquer pessoa pelos seus fracassos ou deslizes.
Não sabemos lidar com a indiferença das pessoas que ajudamos, por conta de nosso ego e egocentrismo. Outras vezes não percebemos que muitas pessoas não possuem o hábito de agradecer, ou são despercebidas desta atitude.
Temos que ter o discernimento que a caridade ou qualquer forma de ajuda ao próximo não pode ficar vinculada a gratidão ou reciprocidade, pois é uma expressão ou ato de amor incondicional.

Portanto, temos que desenvolver o hábito da gratidão diária com todos os acontecimentos de nossa vida, seja de cunho positivo ou negativo, contudo temos que estar preparados para lidar com o esquecimento ou ingratidão das pessoas que fizemos o bem, porque gratidão é expressão de amor e caridade que não exige qualquer compensação ou recompensa .


Palestrante: Alberto Dalmolin



O ESPIRITO E OS PLANOS FÍSICOS E ESPIRITUAL              31/05/2012
                                               O Evangelio Segundo o Espiritismo , cap. XVII, pg. 175
Cada espírito possui um ciclo de experiências para ser vivenciadas, que compõe o plano físico e espiritual. Em ambos os planos lhe é oportunizado realizar melhoramentos, visto que possui o dever de instruir-se intelectualmente, realizar tarefas habituais (trabalho) e colocar em prática o amor (viver experiências que colocarão em prática o conhecimento e o amor).
Cada espírito atrai espíritos da mesma vibração e tendências, portanto vivem entre os afins e suas experiências decorrem desta mesma vibração e tendências. Ex. se vibra com as vicissitudes do materialismo, dominação, raiva, orgulho, inveja, ciúme, vingança, dureza de perdão, trapasas, terá experiências habituais com estes afins. Contudo, poderá em determinados momentos passar por sua vida espíritos de luz que lhe possibilitarão mudanças ou movimentos de reforma, as quais poderá ser percebida desde que este espírito não seja intransigente ou excessivamente orgulhoso e irredutível.
Todas as noites quando dormimos nosso espírito viaja para inúmeros planos, dentre eles para o plano espiritual onde recebemos instruções e auxílios de espíritos de luz, (mentor espiritual, anjo de guarda) onde também estudamos e nos aprimoramos intelectualmente, e pode nos ser permitido o desdobramento para recordar outras encarnações, tudo objetivando auxiliar nos para o melhoramento moral e espiritual da encarnação que estamos vivenciando.  Estes sonhos na maioria das vezes não são lembrados pelo nosso espírito ao acordar, tudo em função da nossa dureza conseqüência natural do orgulho, vaidade, egoísmo, egocentrismo e baixo padrão moral.
O mesmo ocorre quando temos um problema de saúde grave, sendo que nosso espírito é tratado e assistido nos hospitais, e, muitas vezes somos curados, contudo, quando retornamos para o plano físico nossa dureza espiritual e/ou nossas vicissitudes não permitem que a cura seja passada do plano espiritual para o físico, eis a razão de que muitas pessoas não conseguem a cura de doenças terminais enquanto que outras recebem esta dádiva.
Portanto, irmãos, temos que estar aberto para mudanças e aceitar as experiências ruins que nos acontecem, pois estas têm por objetivo dobrar ou amenizar nosso orgulho, vaidade, enfim nossas vicissitudes. Compreender os designos do Criador, passa necessariamente pela nossa reforma íntima e, principalmente, pelo nosso auto conhecimento; portanto não podemos ser duros e exigentes demais conosco e com os nossos semelhantes. O Espírito possui a primeira experiência material é com o seu próprio corpo físico, assim se ele compreende, aceita e respeita este envoltório (instrumento), terá grande avanços para aceitação e compreensão para com o seu próximo. (Ex. a maioria das pessoas detesta ou quer modificar algo no seu corpo).
Portanto a dureza com que este espírito age enquanto encarnado será a mesma que levará consigo após o desencarne. Se ele desejou vingança e não conseguiu, levará consigo este ódio para o outro plano, e atrairá afins no umbral ou submundos de baixa vibração e luz (cavernas – inferno - ).
Quando o espírito encerra seu ciclo no plano espiritual ele é preparado para a reencarnação. Muitos não aceitam reencarnarem, porque precisam conviver com espíritos que lhe causou mal ou devem obrigações e necessitam reconciliarem para seu crescimento espiritual e moral. Eis muitos casos de aborto espontâneo e explicações segundo a doutrina espírita do porquê que isso ocorre.
A vontade do espírito no tocante a não aceitação da reencarnação não é obedecida, porque todos devem passar pela reencarnação com o objetivo de chances de melhoramento.  Assim o espírito é preparado - forçado (doutrinado) a reencarnar. Muitos destes espíritos pela intransigência quanto a não aceitação da reencarnação desenvolvem problemas de saúde no corpo físico, que podem ser gravíssimos, graves e médios.
Óvulo – espermatozóide – fecundação – início da reencarnação – uma célula possui 46 cromossomas.  – 1 cromossoma –plano físico – 45 cromos. Plano espiritual.
0 mês__________06 meses – Formação do Eu;  (doença graves – esquizofrenia  gravíssima– internação e medicação (espírito maior parte da células estão no plano espiritual) – Espírito é adulto. Bebê dorme 20 a 22 horas diárias.
06m_______03 anos–Formação do Outro (pai, mãe, irmão)– formação do cérebro; esquizofrenia  grave – medicação e eventual internação; (espírito – grande partes das células estão no plano espiritual e a outra metade no plano físico) – Altismo negação completa da reencarnação. O espírito é adulto e passa para a fase do esquecimento com a formação do cérebro encarnado. A criança dorme 12 a 16 horas diárias.
03 a_______07 anos – Formação da Rede Social  - esquizofrenia – (eventual medicação – eventual internação); (metade das células estão no plano espiritual e a outra metade no físico. Espírito criança. A criança dorme 08 a 10 horas diárias.
07 anos em diante –  bipolaridade- eventual medicação – psicotrópicos (todas as células estão no plano físico). Completa a reencarnação acoplamento célula por célula.
A dureza do espírito será determinante para a aceitação ou não da experiência no plano físico e o surgimento dos problemas de saúde em função da oposição a reencarnação.
Até os cinco anos de idade determinadas crianças que são espíritos encarnados possuem lembranças freqüentes da última reencarnação, que podem ser reproduzidas pela fala normalmente (nome de pessoas, lugares, acontecimentos, datas marcantes), ou podem ser demonstradas pela aptidão de determinadas habilidades sem que tenham recebido qualquer instrução ou orientação a respeito. (pinturas, música, cálculos, manifestação de línguas diferentes e etc.).
Quando isso ocorrer não precisam os pais ficarem assustados pois é natural e não causará nenhum problema para a criança, sendo que a partir do cinco anos de idade o espírito esquece totalmente o passado e começa a desenvolver a consciência espiritual criança. (Dos três anos em diante a criança passa para a fase de esquecimento do passado e inicia-se a formação da consciência espiritual criança.
Até os 14 anos idade temos muita influência da nossa última reencarnação, via intuição ou desejos eis a explicação porque muitas crianças e jovens já possuem desejos de profissões e projetos definidos.    
Ocorre que muitas vezes estes desejos ou sonhos jamais serão concretizados mesmo que esta pessoa insista uma vida inteira, porque não lhe será permitido reviver esta experiência profissional, pois completou-se o ciclo ou porque esta foi motivo de tropeço para aquele espírito. (Eis a justificativa pq muitas pessoas passam e perdem valioso tempo de suas vidas tentando conquistar este sonho ou objetivo e muitas vezes jamais conseguirão). Exemplo concursos, desejo de ser empresários, jogadores de futebol, atletas, atores, cantores. Etc.
Caros irmãos se porventura temos alguém vivendo esta experiência próximo de nós temos a obrigação, em razão desta informação, de auxiliar-lhe a compreender que muitas vezes desistir é um ato de grandeza e lhe trará inúmeras outras possibilidades que lhe garantirão harmonia e felicidades.
Portanto, que estas informações nos auxiliem a compreender melhor os acontecimentos e experiências que nos são colocadas em nosso caminho e desejo que cada um reveja seus conceitos e preconceitos a fim de possibilitar a reforma íntima, tornando-se menos duros consigo e com os outros e compreendam que para nossa acessão moral e espiritual temos o dever de estarmos aberto  ao conhecimento e aceitação dos designos do CRIADOR.
Temos que ter a consciência que somos instrumentos e agentes de auxílios aos nossos irmãos, e, quando somos chamados a viver determinadas experiências estejamos preparados para dizer sim, aceitando, compreendendo, e agradecendo a possibilidade a chance de contribuir para o nosso crescimento bem como o do irmão que é colocado em nosso caminho. 

REENCARNAÇÃO


Palestra:
Alberto Dalmolin


O Espírito em razão de ser fonte de energia pura – sofre interferência enquanto encarnado do corpo físico através dos ciclos de energia. A cada sete anos ocorrem movimentos naturais conceituados como ciclos que interferem diretamente na vida de cada pessoa (espírito). Ex. 07 anos apreendemos nossas primeiras responsabilidades como filhos e estudantes; 14 anos responsabilidades da adolescência (escolhas de futuras profissões, alterações hormonais); 21 anos, independência dos laços familiares e início da independência econômica; 28 anos – constituição de nova família; 35 – reestruturação familiar (decisões inquietantes), 42 – choque de gerações (filhos com idéias diferentes)
Há inúmeros questionamentos - qual ou quais nossos objetivos enquanto encarnados? P que estamos hj ou todas as quintas nesta sala? Aprimoramento Espiritual – equilíbrio, conhecimento de filosofias religiosas diferentes, busca de explicações a fenômenos desconhecidos – Paz de espírito – Explicação aos medos e pavores que possuímos. Alento às experiências difíceis que experimentamos. Tentativa de mudança ou compreensão do ciclo difícil que estamos vivemos 
A reencarnação significa a maior prova de amor do criador para conosco –
A reencarnação nos concede (permite) o direito ao livre arbítrio de todas as nossas escolhas e decisões. A cada escolha haverá uma conseqüência (boa ou ruim) depende da forma ou o ponto de vista que a vemos.
Omissão é uma forma de ação e é uma escolha e terá inúmeras conseqüências...
Se fossemos perguntar se acreditamos na reencarnação? A maioria diria que sim. Qual nosso papel enquanto encarnados ? Qual ou quais as atitudes que estamos tomando para aproveitar esta reencarnação ?
Diante do livre arbítrio podemos dizer:
Só depende de nós...
"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a
poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.  Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
           Tudo depende só de mim."
          (Charles Chaplin
 Qual das pessoas que somos hj? A positiva ou a negativa?
Qual a pessoa que é mais feliz ? a positiva ou a negativa ? Qual delas aproveita melhor a reencarnação?
Existem pais que fazem tudo pelos filhos, e estes mesmo assim reclamam que nada recebem. Esta é a melhor forma de demonstrar amor ? Será que assim estaremos aproveitando a nossa encarnação. Temos o dever de dar a melhor educação para os nossos filhos a fim de cumprir nossa missão enquanto espíritos protetores.  E Se nos não cumprirmos esta missão – as conseqüências são inúmeras.
Qual nosso papel nos lugares onde convivemos (família, trabalho, culto religioso)? P q agimos assim? O que podemos fazer para dar mais sentido a nossa vida e aproveitar a oportunidade desta encarnação?  
Qual a nossa partição ou contribuição para desenvolver a caridade ?
Quais as formas de caridade ? Todas (atenção, ouvir, aconselhar, afeto, abraço, uma simples ligação, um convite para um chimarrão)
Estamos desenvolvendo a caridade nesta casa espírita? Como podemos desenvolver? P q estamos aqui e para que? Dever de saber responder estas indagações.
Exemplo do Filósofo Professor – Livro o Futuro da Humanidade.

PALESTRAS E IRRADIAÇÕES - JUNHO
07 - Jaqueline - Alberto
14 - João - Hosana
21 - José Carlos - João
28 - Maria Alice - Jaqueline 
 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

OS TEMPOS DA VIDA

Palestra : Dia 12 de abril

            A passagem dos espíritos pela vida é necessária, para que eles possam cumprir as tarefas que Deus lhes conferiu e assim desenvolver a inteligência, promovendo o seu aprimoramento.
            A encarnação, para todos os espíritos é um estágio transitório, no qual terá a oportunidade de usar o livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo esta tarefa transpõem mais rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da sua evolução.
            Para executar a tarefa de evoluir e tornar-se Puro Espírito e totalmente educado, o Espírito precisa de um corpo físico, submetido ao ciclo da matéria que nasce, cresce, desenvolve-se, mantém determinado equilíbrio, desagrega-se e morre.
            Neste processo, há um tempo mais importante. Lembramo-nos que, na perfeição da Criação Divina, não existe acaso, supérfluo ou algo sem função específica.
Neste caso em casa fase em que o espírito estagia, tem uma função qualificada na preparação continua e na ampliação do campo perceptivo e irradiador. Na perfeição do Pai, nada acontece por acaso.
1)    A infância (do nascimento até a puberdade)
Configura-se como um tempo de transição de uma existência para outra. É o período de convalescença da árdua travessia da vida espiritual para a material. Estimulados pelos pais e familiares, a criança abre o campo para se reformar, mudar, adquirir novos ensinamentos e ampliar a sabedoria.
Carinho, desvelo e firmeza da parte dos pais e responsáveis é da maior importância nesta fase da vida.
2)    A adolescência que vai além dos 20 anos, em tese.
Caracteriza-se pela descoberta e afirmação do “Eu” onde períodos de egocentrismo, crises de inquietude, irritabilidade, alternam-se com períodos calmos. Entusiasmo e depressão se alternam.
Produzem tormento e dor interior, dificuldades nas decisões, as desilusões. O espírito ainda não se aceita com a estruturação de um homem, mas não se aceita mais como criança.
3)    A maturidade
Caracteriza-se pelo esquecimento da vida passada e os objetivos são equilíbrio físico e emocional. Segurança, justeza, reflexão. É o período da plenitude.
 A arte da vida consiste em entender cada um dos tempos da vida. Na fase madura o trabalho, o desprendimento, a inspiração e o amor preparam para a fase que seguirá. O envelhecimento da matéria.
Nosso corpo é uma veste que se deteriora. A força vital vai diminuindo aos poucos, até acabar.
Essa desagregação da matéria influencia o espírito ?
            Sem dúvida. Impõe-lhe ritmo diferente, menos energia vital, menos ritmo nas atividades físicas. Cabe a nós compreender que esse processo é natural de envelhecimento da matéria e faz parte dos planos de Deus para nós. Acredita-se que compreender essa fase e trabalhar nela para que o Espírito se mantenha ativo, lucido, entusiasmado e permanentemente livre embora limitado do ponto de vista da matéria.
            A história nos mostra que o envelhecimento da matéria não se processa da mesma forma para quem compreende a cultura do espírito. A idade cronológica não representa barreiras. Temos exemplos de muitos e muitos espíritos produtivos e que tiveram seu apogeu criativo bem depois dos 70 anos. Não entregando-se a vida contemplativa, permaneceram vivos até hoje, quando pelos feitos de suas descobertas e invenções se mantiveram interessados, interessantes e colaboradores!
            Minha intenção na abordagem deste assunto é, além de demonstrar que tudo na natureza faz sentido e tem um propósito, é dar um enfoque na chamada idade idosa. Temos que entender o que quer dizer velho e idoso.
            Velho é um adjetivo uma qualidade, de ser gasto pelo uso, antigo, antiquado, obsoleto, arcaico. Já idoso é um substantivo, nome com o qual designamos um homem ou mulher que tem muita idade. Todos chegarão a idade idosa a não ser que desencarne antes. Isso porque é inevitável adentrar-se nela pelos anos vividos no tempo presente. Ser idoso é uma contingência de vida, ser velho é arbítrio, decisão pessoal.
            Ser velho é quem perdeu a jovialidade. É aquele que só dorme, descansa, vive no passado e se alimenta de saudades, que não tem planos e sonhos, para o próximo amanhecer, é alguém que vive no calendário, só de “ontens”.
            O idoso entende a benção de viver uma longa vida, compreendendo o desgaste natural das células, não se permite a degenerescência, o decaimento, o definhamento, a alteração das características do espírito. O idoso sonha, aprende, se exercita, faz planos, povoa a vida de ocupações pessoais interessantes.


De forma geral, pensamos assim ?
            Infelizmente, a maioria não. Só compreende a vida material. Muitos desdenham, fazem pouco caso das pessoas que vivem na idade idosa. O próprio idoso se vê com olhos de velho.
            Entretanto, se a realidade física, material no processo do passar dos anos, se há aparecimento de doenças e limitações há muitos que se pode fazer para manter-se a lucidez e a alegria de viver, de participar do todo social, da família, dos amigos, trabalham, produzem.
            A idade cronológica é limitativa segundo a educação do Espírito. A aceitação,  compreensão, viver envolto em planos, ideais e realizações atenua as consequências. Respeito consigo mesmo teremos todas as idades que deus planejou para nós. Aproveitemos essa encarnação para fazermos uma trajetória produtiva. Nosso espírito não tem a mesma idade do nosso corpo.

Maria Alice Guimarães  (palestrante)

sábado, 7 de abril de 2012

A PARENTELA CORPORAL E A PARENTELA ESPIRITUAL


Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências (Capitulo IV, no.13).
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espirito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capitulo XIV, no.8.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O PODER NA FÉ NA HORA DA DOR

Palestra do dia 22 de março de 2012    

 

 Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 6  O Jugo Leve.


            1 – Vinde a mim, todos os que andam em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus, XI: 28-30)

            2 – Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei”.
            Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Mas esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como dever o amor e a caridade.

Não tenho dúvida que o que nos traz aqui nesta noite é a nossa fé. Nós fazemos a experiência da fé nas pequenas coisas, se você chegou até aqui essa noite, é porque você faz experiências miúdas de fé.

 A fé nos faz lidar com aquilo que é perigoso sem termos medo.
A experiência espírita consiste em fortalecer o homem para tudo aquilo que nos leva para a guerra.

Calce seus pés para que você tenha a possibilidade de andar em lugares pedregosos, para que os espinhos da estrada não venham estragar os seus pés.
 Tenham fé em Deus, porque se tem coisa que eu acredito nesta vida é na universalidade das dores.

A dor que dói em você está doendo em alguém muito próximo.
Os sofrimentos batem em nossa porta o tempo todo, as lutas precisam ser estabelecidas o tempo todo e não há como você ir para o combate se você estiver despreparado, nós vamos perder a guerra se a gente for sem preparo e não conseguimos sobreviver se não estivermos revestidos de fé, porque ela nos leva a enfrentar a vida.

Eu não quero ser vítima da vida, eu tenho que estar munido de todas as forças humanas e espirituais se não eu não dou conta no momento da fragilidade.

É desse fortalecimento que as palavras do evangelho nos alerta e nos aconselha para termos fé, para que no momento que a vida parecer-nos insuportável tenhamos condições de reagir.

Agora se você vai para a guerra sem estar preparado para ela, é provável que você morra nos primeiros 5 minutos de batalha e nisto está o poder de tudo que é diabólico no mundo de hoje, tudo aquilo que nos quebra como pessoas e não nos deixa atravessar .
Quantas vezes nós fracassamos diante das dificuldades da vida, diante do sofrimento, justamente porque nos faltou a fé.

E você me pergunta: Como é acreditar então? E eu lhes respondo:
Ter fé é você reunir todos os instrumentais humanos, para aquilo que é dom de Deus e a capacidade de crer nele para que podemos permanecer de pé no momento daquela dificuldade.

Vamos ser concretos, olhem para todas as batalhas da vida que você já enfrentou, quantos sofrimentos vividos nas pessoas que estão aqui, quanta dor veio visitar o nosso coração.

E eu lhe pergunto: -Você venceu ou você perdeu?
Ou eu atualizo ainda mais essa pergunta.
Você está vencendo ou você está perdendo?
É muito natural que a postura do fraco, daquele que  gosta de ser vítima, é atribuir todas as culpas ao fracasso e de não vencer a realidade exteriores.

Eu não estou vencendo porque meu marido não ajuda, eu não venço porque meu filho não faz isso, porque no meu emprego nada da certo. Não.

Eu não estou aqui para pregar para o seu marido, seu filho ou colega de trabalho. Estou aqui para pregar para você.
O destino desta palavra hoje é com o nosso coração.

Soldado que é honesto reconhece que perdeu a batalha a partir de si e não a partir dos companheiros que estão do lado.

É o passo mais seguro para qualquer mudança dentro de nós. Deus não pode trabalhar em pessoas que se recusam a assumir as responsabilidades dos próprios fracassos e dos próprios erros.

E você pode ter certeza absoluta que assim como é maravilhoso você estar diante de pessoas que reconhecem e gritam Glória a Deus diante do altar por tudo aquilo que foi de bom nesta vida.

É tão lindo e talvez ainda mais nobre aquele que consegue reconhecer EU FRACASSEI e por isso também grito Glória a Deus porque na experiência do meu fracasso eu reconheço onde é que faltou o sapato de proteção.

Para que no próximo ano nós tenhamos condições de entrar fortalecidos pela análise que fizemos desse ano que passou.

Não é vergonha nenhuma fracassar. Nós somos humanos, não é vergonha nenhuma você esbarrar na sua incapacidade, nos seus limites.

Vergonha é você fingir que não vê, vergonha é você continuar arrastando os seus dias, sem a capacidade de voltar e de fazer uma leitura da sua vida a cada instante, a cada dia, a cada oportunidade para que na releitura de tudo isto você possa ter a oportunidade de reescrever uma história diferente.

Estamos vencendo ou estamos perdendo na vida e diante dessa resposta por mais dura que seja, a maturidade nos ensina que não se trata de buscar culpados.

Se trata de buscar a postura que possa modificar então se estou perdendo ou então que possa nutrir e alimentar ainda mais se estou vencendo.

Eu confesso pra vocês que eu como voluntária de uma casa espírita, na minha experiência de conhecer os bastidores da humanidade, eu fico assustada com a falta de coragem que prevalece dentro do coração humano hoje, eu fico assustada.

A palavra profética é uma palavra amorosa, ela é dura, mas palavras amorosas geralmente não são palavras de bajulação.
Eu nunca vi um ser humano ficar bom de verdade se ele é bajulado dês do início da sua vida.

Palavras de bajulação não modificam ninguém, palavras de bajulação corre o risco de nos anestesiar a ponto de não sermos capazes para os nossos próprios defeitos.

O que é muito bajulado, no momento que ele cai, ele não se levanta mais, porque ele está acostumado a ser o bom, ele está acostumado a ser vangloriado.

Por isso a palavra profética não é uma palavra de bajulação, ela é uma palavra que fere e ai você entra na dimensão mais bonita do amor.

E agora você se pergunta: O  que eu faço? Como é que eu reajo diante de uma vida que não deu certo? Como é que eu dou testemunho da minha fé no momento do meu sofrimento?
Qual é o fruto que eu produzo no memento em que a vida não é do jeito que eu gostaria que fosse.

Não se entregue ao pessimismo, porque você é capaz de transformar a tragédia em beleza.

Beleza não elimina tragédia, mas a torna suportável. São os que sofrem que produzem a beleza para parar de sofrer.

Esses são os artistas Bethowen que apesar de ter sido completamente surdo, no fim da vida tenha produzido uma obra com tanta alegria.
Van Gog,  Cecília Meirelles,  a tantos homens que precisaram no momento em que o grão de areia invadiu a sua casa, para suportar as arestas do intruso, começou a cantar uma música embora triste, mas bonita.

Quando no momento em que a dor e a dificuldade veio bater a porta, nós ainda entramos de um jeito nobre, diferente.

A nós, não interessa uma religião que venha nos entorpecer a alma e nos fazer esquecer as dificuldades da vida e nos projetar numa esperança futura de céu.

O espiritismo começa na roxa, o espiritismo começa no calvário, é dor, Deus entra no mundo pela força da dor, Deus se despede do mundo pela força da dor e se nós temos a honra de dizer que o nosso Deus é rei, nunca te esqueças que teu rei é coroado de espinhos.

Religião, se não é pra nos ensinar a atravessar as tragédias da vida, ela não serve pra nada, ela nos coloca numa projeção futura de um futuro que não chega e não acontece.

Corta-se o dedo e sinta que a carne vai cicatrizando aos poucos, é aos poucos, Deus não fere a ordem humana, se cortou e doeu, terá que passar pelo processo da cicatrização, é humano.

Por que você acha que Jesus era tão fascinante? Por que você acha que as multidões corriam atrás de Jesus e queriam ficar perto dele e queriam ouvi-lo.

Porque que Jesus era um especialista em revestir a tragédia em beleza, ele não permitia que o pessimismo tomasse conta.

Fé é uma espécie de intuição, é como eu ter que dar explicações de por que eu amo você. Tem pergunta mais idiota do que você perguntar pro outro você me ama? E o outro responde: Eu amo e ai o idiota movido por uma idiotice ainda maior pergunta: Por que? E o outro responde, não sei, porque se eu soubesse talvez não amaria.

A gente ama sem saber porque amamos.
Acreditar é a mesma coisa, que pergunta idiota essa por que você acredita em Deus?
 A gente não sabe dizer por que acredita, o que se sabe é que no momento mais frágil em que a areia entra na nossa  casa, nós precisamos de luta, eu creio mas não sei por que creio, alguma coisa dentro de mim joga pra fora de dentro de mim mesmo, e eu não aceito o pessimismo dos idiotas que estão de plantão.

Eu creio por que no momento da dor, Deus me segura, Deus me segura a partir do momento que eu amo, a partir do momento que eu perdôo, não queira me pedir as razões da minha fé por que eu não sei dar.

O que eu sei é que eu creio e isso resolve o conflito.
Eu vejo aqui sentados assistindo a palestra o José Carlos que é o nosso presidente, a Rose voluntária da casa e o João que o nosso doutrinador da doutrina espírita, e eu me pergunto: O que faz um pai e uma mãe que perderam os seus filhos dizer Glória a Deus e ir em busca da fé?
Essas três pessoas que eu admiro tanto, poderiam estar em casa revoltadas com o mundo, trancadas num quarto escuro, amarguradas com a vida e esquecidas de Deus. Pelo fato de  perderam os seus filhos.

Mas mesmo assim, elas deram a volta por cima, preferiram vir pra cá fazer um trabalho voluntário, alimentar a fé das pessoas e dizer Glória a Deus.
Você consegue aceitar isso, perder um filho e glorificar a Deus?

 Pelos motivos humanos não tem como aceitar isso e é bem provável que a gente vai ser pessimista na explicação de tudo isso.
É  uma dor que nós precisamos tirar os sapatos dos pés, e acreditar mais do que a força humana nos permite,por que eu acredito que esse solo é santo.

Tira as sandálias dos teus pés. Se você souber tudo que passa nos corações que estão do seu lado, se você pudesse ouvir um pouquinho dessas pessoas que estão sentadas ao seu lado e que você nem ao menos conhece o nome, o que eles teriam a lhe dizer.

Você vai descobrir a dor que visitou a casa deles, o sofrimento que invadiu os nossos colegas José Carlos, Rose e João e isso os fez fortalecer-se mais, estão aqui todas as terças nas aulinhas da doutrina espírita e todas as quintas nos trabalhos da casa, mesmo com a dor da perda de seus  filhos, mas eles estão aqui, pregando a palavra de Deus, ouvindo a sua dor e tentando fazê-lo mais feliz. Glória a Deus damos ao Senhor por ter o privilégio de tê-los como colegas e aprender com eles a virar o jogo da vida e vencer a dor.

 Porque o Zé Carlos, a Rose e o João e tantos outros que perderam seus filhos ou que perderam qualquer outra pessoa amada, estão sempre aqui renovando a sua fé, porque estas pessoas querem ser como uma Ostra, que mesmo no momento do canto triste ela está pronta para produzir uma pérola.
Estas mãe, estes pais que perderam os seus filhos, mesmo na dor, estão produzindo pérolas.Isso é muito lindo, que exemplo eles nos dão e exemplo é para ser seguido.

Olha para tudo que você enfrenta hoje, nesta lógica, revista-se da coraça da justiça, da verdade, revista-se dos poderes do céu, revista-se dos poderes de Deus, revista-se dos poderes do bom senso, da prisão aprimorada e entre neste  ano de 2012 assim, permitindo que Deus faça pérolas em você, na sua luta, na sua dificuldade.Não fique em casa chorando, vá a luta, faça um trabalho voluntário, olhe por uma criança que passa fome. Lembre-se, você pode ser uma pérola.

É dia de celebrar a vitória.
O poeta Manuel Bandeira escreveu um poema fascinante em que ele diz:
Vou-me embora pra Pasárgada, você já ouviu isso?

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Onde é a Pasárgada que o poeta tanto fala?

Olhem nos mapas, descubram onde é a cidade que Manuel Bandeira deseja chegar tanto.
 Descubra qual é a fuga que o poeta está querendo e você só vai entender os motivos do poema e conhecer o contexto histórico que o poeta enfrentava no momento que escreveu.
 Tuberculoso, numa época em que os tuberculosos ficavam isolados e morriam de turberculose.
Era a doença dos poetas. Parsárgada era um lugar imaginário, o lugar da fuga.
Mas nós não precisamos da Parságada, porque nós não vamos embora pra lugar nenhum, vamos enfrentar o que hoje está diante de nós e precisa ser vivido e experimentado, o Cristo nos motiva a enfrentar.
Engraçado, os pessimistas, os que legitimam os poderes diabólicos do mundo, eles olham pra nós no momento do sofrimento e falam assim:
Sofre não, vamos tomar uma cervejinha, fumar um cigarrinho ou até mesmo uma maconha pra esquecer. Quantas vezes você escutou isso?
A Parságada pra algum lugar imaginário.
Você tem que pensar assim: Não é a vida que vai me levar não, sou eu que vou levar a vida, porque sou eu que administro tudo isso.
Não é possível ser feliz nos dias de hoje sendo pessimista, ou você toma a administração da sua vida nas mãos e começa a olhar para tudo aquilo que está acontecendo e reage de maneira madura diante tudo isso.
Ou daqui a pouco você se transforma num verme, vegetativo, pessimista, incapaz de fazer qualquer coisa pra transformar a sua vida.
As pessoas que verdadeiramente transformam o mundo e fazem verdadeiramente diferença na sociedade, são aquelas que produzem as pérolas no momento da dor e da dificuldade.
A começar pelos poetas, a começar pelos artistas, a arte só terá o seu valor no momento em que o autor conseguiu traduzir os sentimentos do mundo e fez deles uma vitrine que nós queremos nos aproximar.
É uma vitrine que nós queremos ver de perto. É triste mas é belo, porque ali houve uma experiência de superação.
Aproxima, tira o sapato e fala: Esse território é santo, este poema é santo, esta música é santa,está palestra é santa, porque ela é uma tradução de que é possível mudar o jogo da vida pra melhor.
O que está faltando pra nós minha gente, é a gente recordar do que nós somos capazes, nós estamos muito esquecidos , nós estamos esquecidos do poder de Deus em nós.
Temos que ser Homens e mulheres que estão verdadeiramente comprometidos com o sagrado.
 O espiritismo é uma filosofia de vida que lhes coloca verdadeiramente no bom senso de luta, de acolhimento da graça, os espíritas de forma alguma aceitam a palavra EU NÃO DOU CONTA.
Nós não temos o direito de dizer que a gente não da conta, se a gente não tiver tentado e ido até o fim de nossos limites. Se muitas pessoas tivessem tido a oportunidade de conhecer a doutrina espírita, talvez quantas vidas poderiam ter tomado outros rumos e fariam do caminho de sua dor um atalho para encontrar os caminhos das pérolas.
Chega de justificar as nossas incompetências, de colocar a culpa no pobre do Capeta e dizer que o mal foi mais forte que você.
Eu nunca vi um litro de uísque correndo atrás de ninguém, eu nunca vi um maço de cigarro bater na porta de alguém e dizer por favor me fume.
Somos nós que saímos do nosso lugar desprotegidos e não nos unimos de força e saímos por ai atrás do que nos faz mal e ai o pessimismo toma conta de nós, a fraqueza toma conta de nós e nós vamos perdendo as forças e nos esquecendo quem somos.
Nós temos que estar aqui hoje na Rosa dos Ventos com esta consciência, eu quero me recordar quem eu sou e sei que Deus me fez um vencedor.
Não permita que o sofrimento te abata, não permita que o sofrimento te destrua, redescobre a fé em Deus, redescobre a fé no teu salvador, grita a sua vitória, isso é o espiritismo minha gente, é ajudar  você a fazer a sua reforma íntima.
Você é capaz de mudar o jogo, você é capaz de curar as cicatrizes, busque a fé, busque a felicidade, apesar da dor, seja uma pérola linda e valiosa que mesmo que a sua música seja triste, mas você tem a capacidade de acrescentar algo de bom para a sua vida. A Fé move montanhas, está escrito isso nas escrituras sagradas e saiba que por mais pesada que seja a sua montanha ou a sua cruz, se você acreditar no sagrado, você será um vencedor.


Jaqueline Finkler Brandão (palestrante)